Todo poema é feito de ar apenas: a mão do poeta não rasga a madeira não fere o metal a pedra não tinge de azul os dedos quando escreve manhã ou brisa ou blusa de mulher. O poema é sem matéria palpável tudo o que há nele é barulho quando rumoreja ao sopro da leitura.
"A caixa preta fotográfica não é um agente reprodutor neutro, mas uma máquina de efeitos deliberados. Ao mesmo modo que a língua é um problema de convenção e instrumento de análise e interpretação do real."